Na matéria do dia 19 de novembro na Veja On-line o titulo diz “Drogas: o perigo ronda as escolas”. Já de antemão aviso que isso é uma mentira desavergonhada em demasia.
A droga não é, e nunca será, perigo algum. Como algo que não pensa pode representar perigo a alguém? Melhor. Como culpar as colheres pela obesidade?
Não sei se por burrice ou por desonestidade intelectual, mas as pessoas tendem a transferir a responsabilidade do sujeito para o objeto – se não sempre, diria que na maioria das vezes. Por querer ou não, isso é de fato o paroxismo da nescidade.
Quando se põe a droga como perigo, torna-se o usuário inocente do mal que ele causa para si próprio e para a sociedade, quando não, nos piores casos, se faz dele vítima da droga – o que é uma estupidez abissal.
A questão, a qual quero apontar, é a de que o perigo que ronda as escolas é o próprio aluno, com sua mentalidade imbecil de ovacionar o uso das drogas e aqueles que uso delas fazem, não por ser aluno, mas por ser adolescente. O jovem de hoje, em sua maioria, é um ser carente de moralidade, que se espelha nos exemplos mais pútridos que encontra por ai, comumente, na mídia.
Ainda na matéria, diz que professores farão cursos, à distância, para que possam lidar com o assunto. Farão eles, os professores, palestras? O que dirão nelas? Que as drogas fazem mal? Ora, mas qualquer um, hodierno, sabe que bem verdade isso é. Como se não bastasse a sandice, muito em moda por vir do MEC, de fazer um curso à distância.
De que adianta falar dos malefícios das drogas quando, na contracorrente, os garotos que mais possuem acesso às garotas são os viciados, bandidos, pois são bem vistos em função do uso das drogas? E que quem não as usa, e faz discurso contra elas, é visto como reacionário, “careta”, enfim, é vituperado com os insultos mais baixos? A verdade é que querem fazer frontispício para gringo.
Em suma, a responsabilidade pelo uso de droga é tão-somente de quem a compra e usa, não transfiram, se querem ser respeitados como seres racionais, a responsabilidade do caos que a compra e venda das drogas trazem, para a sociedade, para a existência da droga; não tentem ludibriar os mais esclarecidos com cursos de araque que enganam apenas estrangeiros ludibriados com a alegria fruto da ignorância característica de nosso povo; e não cogitem, por mínimo que seja, que discursos de consciência conscientizarão a massa néscia que é formada pela patuléia que são nossos jovens.