segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Recado aos Leitores
Olá! Bom, como devem ter reparado – é um truísmo, na verdade – não tenho atualizado o blog. E notei que um determinado número de visitas tem se mantido constante. Por isso, resolvi escrever esta mensagem para deixar meus nobres leitores – pois se lêem meu blog, demonstram ser intelectualmente nobres – informados acerca dos porquês e quando voltarei a atualizar. Bom, algumas coisas não têm acontecido na minha vida (irônico, normalmente as pessoas dizem que os problemas advêm de “coisas que têm acontecido” – risos) e tenho encontrado refúgio tão somente no cigarro e no álcool – ó que decadente. Então, todos esses problemas têm atrapalhado o meu fluxo criativo (tenho textos prontos, mas não o suficiente para cobrir o resto do ano todo, então prefiro não postá-los por agora) e por possuir também responsabilidades de suma importância que se sobrepõem às atualizações, infelizmente, e por estar planejando enveredar, também, por outro ramo de escrita. Contudo, manterei atualizada a minha coluna no Reflexões Masculinas – trabalho é trabalho. Pois bem, quando voltarei a atualizar aqui? Não sei bem, mas farei o esforço de voltar até setembro. Agradeço a todos que visitam e lêem meu blog e, mais ainda, àqueles que comentam – inclusive aqueles que vêm para vituperar-me.
Até lá e muito obrigado.
Postado por Max Rodrigues às 01:26 2 comentários
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Copa do mundo: apenas para lembrar
Ah, Brasil, minha pátria amada mãe gentil. Ano de copa do mundo. Ano de ser patriota. Agora, sim, muitos de nós brasileiros lembramos que juntos fazemos parte de um país. Formamos uma sociedade que, agora, está unida para assistir aos jogos da seleção brasileira de futebol. Infelizmente, não faço parte dessa turma. Infelizmente, para eles, em copas do mundo de futebol, torço pela seleção alemã. Quando digo isso passo a ser observado com olhares que misturam a cólera ao desdém, como se fizesse algo de errado.
Copa do mundo, para mim, é um breve divertimento. Um entretenimento. Não vejo motivos para dedicar-me mais a ela que a política de meu país. Copa do mundo acontece apenas de quatro em quatro anos. A política está presente todos os dias integralmente, diz respeito a tudo que nos cerca enquanto sociedade.
Os jogadores da seleção brasileira não resolverão a situação precária do transporte público em quase que todo o meu país assim como não resolverão os problemas concernentes à saúde publica, à segurança, à educação, à corrupção. Muitos desses jogadores, inclusive, moram em paises onde essas questões estão bem controladas. Não são as feridas que incessantemente sangram como são aqui no país da seleção que eles jogam. Mas, inclusive, muitos desses jogadores saíram de lugares onde essas feridas já expelem pus; contudo, não fazem uso – nem têm obrigação disso, claro – do reconhecimento deles a fim de fazer com que seus sectários usem o ânimo deles não apenas para o futebol, mas para que, no mínimo, a constituição de nosso país seja levada a sério. Como isso é possível? Esses mesmos jogadores possuem uma racionalidade irrisória, embora passem a ganhar muito dinheiro, eles não pensam em aproveitar isso para adquirir conhecimento: só sabe o valor do conhecimento aquele que já provou dele – eis ai um fato. E, aproveitando o assunto, como não lembrar do belo exemplo que o jogador Adriano dá aos mais jovens? Brincar de tirar fotos fazendo, com as mãos, a sigla do Comando Vermelho. Adriano, amigo de traficantes que matam pessoas sem um mínimo de complacência – você quer sair do gueto, mas a sua mente é o gueto.
Após tudo isso, as pessoas querem vituperar-me por eu torcer pela seleção alemã? Ora, mas isso é um absurdo sem precedentes. Desdenhosamente olho para aqueles que se orgulham de ser brasileiros apenas em época de copa do mundo ou em amistosos da seleção. Esses, sim, verdadeiros estorvos para o desenvolvimento da nação brasileira. Esses que dão as costas aos cinqüenta mil homicídios que ocorrem por ano no país da seleção que eles dizem amar. A imbecilidade é tamanha ao ponto de justificarem a torcida deles pela seleção brasileira de futebol como “pátria”. Como já comentei aqui: eles confundem seleção de futebol com exército. Só pode ser isso.
Enquanto me estresso com os problemas reais da sociedade que faço parte e eles dão as costas, continuarei a torcer: Alemanha tetra em dois mil e dez.
Postado por Max Rodrigues às 00:03 5 comentários
Marcadores: copa do mundo 2010
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Dissecando a Atração dum Heterossexual por um Efeminado
Pode até não parecer, mas aprecio, obviamente, todos aqueles que dispõem alguns minutos de seu tempo para ler o que escrevo neste singelo blog, inclusive as mães adolescentes que num artigo meu se dispuseram a proferir os mais diversos vitupérios. Sendo assim, minha sinceridade obriga-me a dizer que fiz o artigo da presente quinzena visando o comentário de um de meus leitores, a saber: Fio da Messalina (espero que ele não se importe por chamá-lo assim, mas presumo ser mais “cômodo” que pelo atual pseudônimo dele). Fio da Messalina é um companheiro de longa data de discussões acerca do universo masculino e suas nuances, mas especificamente no âmbito dos relacionamentos afetivos. Aprecio por demais sua verve, sua forma invejável de escrita, possivelmente fruto de seu humor desigual. Portanto, considero-o “acima de qualquer suspeita” apto a comentar o que se segue. Bom, mãos a obra.
Como exposto no título do artigo, discorrerei sobre atração do heterossexual por um efeminado e demonstrarei que essa atração não passa de um devaneio auto-imposto.
Esqueçamos, por ora, a consideração acima feita e pensemos que um dado heterossexual num dia qualquer, vê e se atrai por um dado rapaz efeminado. Não esquecendo, claro, que aquele não possui “entraves” religiosos, sociais, ou quaisquer outros dessa sorte. Assim sendo, ele – o heterossexual – está convencido de sua atração, passa, por conseguinte, a desejar o efeminado em questão, pois, como pode ser suposto, essa atração é, para ele, claramente natural (não no sentido de natureza, que fique claro), perfeitamente legítima. Desse modo, passa o heterossexual a desenvolver os mais caprichosos sentimentos em relação ao rapaz efeminado. Porém, sinto muito, nobre rapaz, mas tenho de destruir suas quimeras.
Vejamos. A atração se deu por meio do simples fato do heterossexual ter visto o efeminado em determinado espaço e tempo e, como heterossexual desprovido de entraves sociais e religiosos, deixou-se levar pela – ênfase aqui – suave feminilidade do outro rapaz. Ora, mas é evidente que essa atração cairá (cairia) por terra caso seu desejo venha a ser consumado. Evidentemente, ele atraiu-se pela - ênfase aqui também – imagem de feminilidade, pois o que para ele é feminilidade, nada mais é que não apenas trejeitos, cacoetes (que mais parecem uma sátira do comportamento feminino) que o fazem lembrar as mulheres, uma vez que, ao que parece, se esqueceu de que tal rapaz, por ser rapaz, não possui formas femininas, não possui seios e muito menos um órgão sexual feminino, o que lhe traria um enorme pesar, certamente, caso ele viesse a consumar um intercurso sexual com o rapaz efeminado.
É fato que toda atração se inicia por meio da abstração, da idealização daquele que é o objeto de atração, contudo, a atração dum heterossexual por um efeminado não se desenvolve, precisa sempre ser alimentada com mais e mais doses de fantasia, ainda mais se a relação houver acontecido, já que a feminilidade é falsa, aparente, pois se trata, em realidade, de um outro rapaz; mais além, a abstração é de um valor desprezível, fixa-se na parte superior do rapaz efeminado, já que ela – a abstração – é referente à feminilidade, e, portanto, refém da parte onde residem os trejeitos e aparência: da cintura para cima, uma aparente mulher; da cintura para baixo, evidentemente, um homem. Ou seja, é preciso que aquele que se atrai seja o Dom Quixote par excellence.
Desse modo, toda atração de um heterossexual por um rapaz efeminado é ilegítima, sem motivo essencial que possa fundamentá-la, pois ela reside numa abstração e, como tal, não condiz com a realidade: imagine (ou não) ambos nus frente ao outro, seria risível ver toda aquela fantasia, que para seu autor era deveras apreciável, ser quebrantada pela realidade personificada no corpo de seu, de então, parceiro. Melhor seria se o rapaz em questão não se deixasse levar por excessos de imaginação aliados a um desejo sexual desenfreado a fim de não acarretar traumas no porvir. Toda atração do tipo aqui exposta é uma mentira daquele que se atrai para consigo mesmo e como mentira deve ser evitada.
Postado por Max Rodrigues às 00:08 2 comentários
Marcadores: efeminado, heterossexuais, messalina
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Estado Falaz
Por trás de uma linguagem pomposa aparentemente fundamentada em princípios benevolentes acerca da saúde de um povo, governos escondem suas raízes totalitaristas e desviam a atenção dos reais problemas da sociedade.
Não há nada mais em voga, hodiernamente, que a preocupação do Estado com a saúde de sua população, ou pelo menos, é essa a base do argumento em favor da lei contra fumo em locais públicos (restaurantes, casas de show, bares, boates, e etc. – contudo, “esquece-se” o governo, e aqueles que concordam com tal lei, de que estes lugares são privados); da lei que proíbe alimentos gordurosos em escolas privadas e públicas; propostas de taxas sobre esses alimentos para elevar seu preços, como é o caso do Reino Unido, da Romênia e da Dinamarca.
A fim de contrapor a sinceridade da diligência governamental para com a saúde de seus cidadãos, faço lembrar o simples fato de que em determinados lugares do Brasil há toque de recolher para menores de idade com a justificativa de que a cidade está violenta. Ora, é sério isso? Pensei que o fato de o Estado tomar conta de nossos hábitos se devesse ao fato de que não possuímos outros problemas que não referentes à nossa própria saúde.
Assim sendo, esse estratagema do Estado em prol da saúde de seu povo nada mais é que um artifício para desviar a atenção dos reais problemas de sua própria sociedade, pois moramos num país onde temos por volta de cinqüenta mil homicídios ao ano; onde o número de casos de violência (e não me refiro ao bullying, ainda) e formação de gangues em escolas só faz crescer (cerca de vinte mil alunos já entraram com revólver em suas escolas; meninas têm levado armas brancas para intimidar as colegas de classe); onde o consumo de crack está cada vez mais generalizado, não só isso, como também um aumento no número de assaltos e dos já citados homicídios, agora, por causa deste consumo; onde nossos estudantes tiram as piores notas nos testes internacionais. De qualquer modo, essas questões parecem não interessar ao Estado. Desse modo, o Estado comporta-se como um indivíduo que deixa de preocupar-se com a própria vida para esquadrinhar a vida alheia, e vai além, passa a impedir a individualidade alheia de ser exercida.
De que adianta mantermos nossa saúde intata, uma vez que ao sairmos de uma casa de show, de um restaurante, ou quando chegarmos ao nosso bairro seremos seqüestrados e, por conseguinte, assassinados? De que adianta manter nossas crianças longe da alimentação da qual lhes dá prazer em consumir, uma vez que elas ao saírem do colégio serão assaltadas? Ou pior, no caso de colégios públicos, serão assassinadas dentro da própria instituição de ensino? E mais além, agora em ambos os casos de colégios privados e públicos, sofrerão humilhação das quais desenvolverão traumas, transtornos de personalidade, fobias, e tutti quanti? A quem vocês, autoridades políticas, querem enganar? Ou vocês querem fazer com que evitemos o seu próprio sistema de saúde?
Dizer-se preocupado com a saúde referindo-se tão somente a questões sintomáticas não vai além da pura e simples empulhação. Preocupar-se com a saúde é, antes de tudo, preocupar-se com a vida em seus primeiros estágios. Desse modo, haveria de se reduzir drasticamente o número de gravidezes na adolescência, pois é uma questão verdadeiramente deletéria à saúde dessas novas crianças como da população em geral, pelo menos, doravante, já que suas mães, comumente pobres, não possuem condições psicológicas e nem financeiras para que possam prover uma boa educação às suas proles. Haveria de se controlar a programação televisiva que inculca nos jovens a cultura de exaltação das aparências, da sexualidade precoce e desregrada e da desvalorização da inteligência.
Que espécie de cuidado é esse com a saúde alheia que negligencia a saúde mental e mais dá importância aos direitos humanos de criminosos em detrimento dos humanos direitos?
Não se pode deixar com que sejamos ludibriados pelo Estado, perdendo nossa individualidade, nossa privacidade; privando-nos de nossos prazeres em nome da saúde nacional, quando esta mesma saúde de pouco vale num país onde cada vez mais temos nossa liberdade cerceada pela criminalidade reinante em nossas ruas.
Onde está nossa autonomia de seres pensantes?
Postado por Max Rodrigues às 05:54 3 comentários
Marcadores: anti-fumo, direitos humanos, estado, george orwell 1984, totalitarismo, violência
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Nota Sobre Individualidade
Alguns amigos meus estão cansados de ouvirem-me dizer acerca dos padrões muitas vezes impostos pela mídia e sociedade como um todo. Isso é um fato. Desse modo, origina-se, então, um tipo de individuo: aquele que se deixa influenciar pela imposição comportamental por achar que os padrões são corretos porque ele viu na tevê ou de alguém que possui alta estima televisiva, esse é o “individuo comum”. Uma pessoa nociva.
Por meio da espiral do silêncio a mídia deforma a autonomia individual e inculca mais facilmente a padronização comportamental para fins óbvios como angariar mercado consumidor, por exemplo.
Ora, mas por que o individuo que, passivamente, aceita tais influências – o individuo comum – é um individuo nocivo? Por questões evidentes. Uma vez que teve seu comportamento padronizado, passará discriminar as pessoas que fora dos mesmos padrões estejam, conquanto a mídia também reforce a idéia de “devemos aceitar as diferenças”, não é o que acontece na realidade, pois a mesma mídia que diz para não discriminar o outro é a mesma que discrimina, é a primeira a fazer troça daqueles que não seguem a risca a cartilha comportamental dela – talvez seja um caso de dissonância cognitiva.
Peguemos como exemplo meu amigo Saídy (Ernatan Waslancristian – foto), ele possui uma conduta e estética, enquanto garoto, vistas como “incomuns” (para discorrer dialeticamente), no entanto, por conta disso, não discrimina aqueles que sejam diferentes de si ou de uma regra geral de comportamento, pois, mesmo que inconscientemente, ele percebe que há individualidade (eis o porquê de se chamar individuo, aliás), uma gama de “opções” de conduta que podem ser escolhidas – ou não necessariamente – a fim de que não sejamos, afinal, iguais uns aos outros. Desse modo, fugir dos padrões impostos, por seja quem for, é um dever daquele que se julgue um ser racional, pois ser racional é buscar o melhor para si (autonomia) e para outrem. É como fazer uma obra de arte que nada mais é que um resultado singular de um temperamento singular, fora isso, é estereotipar e degenerar a arte.
Um outro ponto reforça de forma imprescindível o argumento em prol da individualidade comportamental: o simples fato de sermos dotados de racionalidade ensina-nos que não precisamos das mesmas coisas que o outro, pois não possuímos as mesmas vontades que o outro.
Em suma, sejamos o que quisermos, sem que haja, lembre-se, prejuízo para outrem e desse modo, projetemos nossa singularidade da forma que nos melhor aprazer e da forma que melhor possa construir uma sociedade mentalmente mais saudável. E, é claro, não devemos esquecer de que toda a individualidade jamais será exercida plenamente enquanto mantivermos o vício de esquadrinhar a vida alheia, ou melhor: a individualidade alheia.
Postado por Max Rodrigues às 10:46 3 comentários
Marcadores: espiral do silêncio, estética, individualidade, mídia, padrões
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Mulher Não Gosta de Sexo
A mídia mente, a mídia distorce a realidade, a sociedade se deixa levar por essas mentiras e as propaga. Uma dessas mentiras é de que uma mulher gosta de sexo tanto quanto um homem. Aqui, demonstrarei quão falso esse fato é.
Antes de tudo, precisamos saber o que é “gostar de sexo tanto quanto um homem”. Homens gostam de sexo? Ora, pensei que querer fazer sexo envolvesse a questão biológica, desse modo, animais é que gostam de fazer sexo, o que tornaria necessária a reformulação da sentença para “mulheres gostam de sexo tanto quanto qualquer animal”. Ora mais uma vez, não é comum que fêmeas façam tanto “sexo” quanto os machos de suas espécies, elas não possuem a mesma inclinação, elas não possuem a capacidade além de um filho por vez. Assim sendo, há algum erro, ou melhor, há uma mentira. Primeiro, enquanto animais racionais, não é apenas a questão biológica que nos inclina a fazer sexo, pois sexo em sua grande parte é abstração, fantasia e animais irracionais não são capazes de tais coisas – eis o significado de não viver (somente) segundo o instinto e o porquê de haver uma linha tênue entre assexualidade humana e animal. Segundo, mulheres não gostam de sexo em si e direi por quê.
Uma vez que se sabe que não é – somente – a biologia que nos propulsiona a fazer sexo, pois sexo como conhecemos é abstração em demasia, fica-nos evidente que uma mulher jamais gosta tanto de sexo quanto um homem, isto é, pela via biológica, esta afirmação já está desacreditada. Agora, enquanto animais racionais, essa afirmação também é falsa, pois se não é a questão biológica que move a mulher, então são questões sumariamente “humanas” que a propulsiona a fazer sexo – conquanto o “amor” seja uma invenção humana, esse não é um dos motivos que leva uma mulher a fazer sexo – mais adiante saberemos quais são estas questões. Outra evidência em prol do fato, aqui, esclarecido é de que, grosso modo, se mulher gostasse de sexo em si, a prostituição teria findado, porque a mulher transaria como se em estado permanente de cio vivesse, e sabemos que não é isso o que acontece.
(Nem mesmo o homem gosta de sexo em si, pois já pararam para observar uma cena de sexo – ao vivo ou em película - sem se deixar levar pelo desejo e perceber quão enfadonho é o mesmo? A diferença é que homens por terem um desejo sexual maior – via biológica - e não se importarem tanto com questões externas à mulher – via social, humana – eles são menos seletivos.)
Em vista disso, um clichê deve ser dito: mulher é interesseira. Sim. Eis a verdade, tão dita por aí afora, mas sempre rebaixada ao caráter de simples pilhéria. Contudo, que uma coisa fique clara: ser interesseira não envolve tão somente a questão material, é fato que mulheres fazem sexo por causa de dinheiro – assim como cafajestes fazem com gays em troca de cerveja, feijoada e voltas de carro -, mas status social – que nem sempre envolve questão financeira -, isto é, a mulher faz sexo com determinado homem – e, hoje, ouso dizer, com mulheres também (sei que não há “intercurso sexual safista”) – por conta do que tal homem pode proporcionar a ela ante os outros, ou pelo que ela acha que tal homem representa – a imagem que a mesma tem de determinado homem. Deste modo, angariar um emprego, melhor emprego ou cargo; conseguir objetos de valor como jóias e outros dessa sorte; ascender status social, são, em suma, os motivos pelos quais mulheres fazem sexo, e não pelo sexo em si, pois sexo em si não presume seletividade estética, melhor condição de vida social e muito menos automóveis, viagens, roupas e utensílios novos. Sexo em si presume apenas uma coisa: sexo.
Portanto, resta-nos apenas uma pergunta: prostitutas gostam de sexo, ou gostam de dinheiro? Deixarei com que a consciência do nobre leitor responda por si só.
Postado por Max Rodrigues às 01:23 14 comentários
Marcadores: biologia, instinto, mulher, mulher gosta de dinheiro, mulher interesseira, mulher não gosta de sexo, sexo
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Nota Sobre a Auto-Estima; Um Caso Específico
As pessoas mais íntimas a mim dizem que me subestimo, pois, segundo estas, tenho a mim em mais baixa conta. Não é verdade, pelo contrário: tenho a mim em mais alta conta e que todas as minhas frustrações se devem ao fato de superestimar-me, não o oposto. Para evidenciar isso, discorrerei acerca de pessoas que, sim, têm a si mesmas em mais baixa conta e que, de fato, se subestimam.
Um fato que, de certo modo, demorei a reconhecer é que determinadas mulheres (muitas delas) - e cafajestes também, é claro – possuem uma auto-avaliação depreciada de si mesmas, pois são incapazes de enxergar a si mesmas além - ou aquém – de toda a coisificação imposta pelos outros e por si próprias.
A mulher vulgar – e vulgar refere-se aqui ao que é comum – contenta-se com pouco, ou melhor, contenta-se com o mínimo possível de valor que uma pessoa possa ter, pois se rebaixa ao valor da simples matéria existente.
Numa época em que a natureza animal tende a sobrepor, por questões de valor, a natureza intelectual e moral; possuir formas físicas capazes de insuflar os instintos de procriação no homem (como se para isso fosse difícil e em breve direi por que não) torna-se o paroxismo da excelência existencial, é evidente que mulheres tornaram-se diminutas ante os próprios olhos.
Como muitos devem saber, a mulher fundamenta suas ações no ego, isto é, o modo de ser dela está intimamente ligado ao ego – se ela está feliz, é porque o ego foi massageado; se ela está infeliz, é porque o ego está ferido (isso não é comum das mulheres, mas característico delas, uma vez que é, também, comum em homens).
Posto isso, cabe, agora, lembrar o comportamento da mulher moderna: arrogante, soberbo, insolente, disparatado, etc. Ora, mas o que essas mulheres fazem para que possam assim ser? Toda essa arrogância, soberba, por qual motivo? Certamente, por terem alguma espécie de prestígio. E de fato têm. As mulheres são exaltadas por todos os cantos – inclusive quando depreciadas (em letras de música funk, por ex.), para elas, é uma forma de exaltação. Desse modo, elas passam a pisotear todos a sua volta, a achar que em si mesmas reside todo o valor delas, isto é, a simples existência dela é de suma importância – para o quê ainda não se sabe, ainda não sei.
Pois bem, por causa disso, a mulher demonstra ter de si para si mesma uma imagem exígua, diminuta, inferior – mesmo que pense o contrário -, pois satisfaz-se com o mínimo que alguém tem: um corpo. À mulher basta ser elogiada por suas formas para que ela se sinta a quintessência da humanidade, uma quase divindade, percebe-se
Ora, mas é evidente que alguém que basta a si mesmo pela simples existência enquanto corpo avalia-se pela mais baixa estima, pois, mais evidente ainda, ao concebermos nossa capacidade racional, temos noção de que podemos ir além de um mero animal estagnado pelo instinto, que está aqui para viver, reproduzir-se e morrer.
Apenas pessoas dotadas de uma racionalidade pífia não enxergam isso e, mais ainda, a beleza de ser um animal racional.
Desse modo, está elucidada a questão da auto-estima de quem se resume a matéria e de quem reconhece ser matéria, mas como animal racional, sabe que pode ir além.
Postado por Max Rodrigues às 18:02 1 comentários
Marcadores: auto-estima, cafajeste, funk, mulher, música funk
segunda-feira, 22 de março de 2010
Comentário Acerca da Literatura de Auto-Ajuda
Num mundo onde a inteligência mesma é, cada dia, desvalorizada; onde seguir todos os padrões estético-comportamentais não reduz a miséria existencial e o imediatismo; excede espaço para os aproveitadores e leitores preguiçosos intelectualmente – aqueles são escritores de livros de auto-ajuda; estes os leitores dos livros daqueles autores.
Hodiernamente, tem-se potencializado o número de leitores por todo o mundo; contudo, não se nota uma potencialização, também, no número de “cabeças pensantes”, pelo contrario, o que temos é uma imensidão de pessoas que decoram fórmulas e conteúdos, mas que são incapazes de desenvolverem uma linha de pensamento originada em si mesmas.
Ora, mas a quê se deve essa discrepância, já que se lê na mesma medida em que as pessoas, aparentemente, se tornam estúpidas, dotadas de uma cognição enrijecida? Pois bem, isso deve a literatura de auto-ajuda, um dos males deste século.
A literatura de auto-ajuda é, nada mais, que um novo entorpecente, é feita direcionada para o vazio existencial do mundo moderno, impregnada de otimismo irracional, porém com o objetivo único: vender. É óbvio. Livros que falam de relacionamentos, tristeza e afins, só poderiam desembocar por esse lado. Atacar a parte emocional humana é como escravizar alguém pela boca, pela fome – não se pensa com fome, faz-se tudo para findar a fome.
Um outro lado acerca da literatura de auto-ajuda é que ela parece mais uma forma de “cotas para burros na filosofia”, pois quer fazer parecer que desperta o leitor para a necessidade de racionalização de sua realidade – risível, não há racionalização feita sem o cérebro – e, por isso, insere uma multidão de mentes vazias que, afinal, acabam por desenvolverem uma soberba, como se fossem detentores de uma sabedoria excelsa, sublime, como se tivessem a resposta para todos os problemas – obviamente, não a tem, pois auto-ajuda não vai à raiz do problema, não a reconhece, pois isso é característica da filosofia pura e não caça-níquel dissimulado de sabedoria milenar chinesa.
Literatura de auto-ajuda é a leitura mais biltre e rastejante, quem paga por livros de auto-ajuda, de certa forma, assemelha-se a quem compra drogas.
Tenho vontade de lavar as mãos após tocar as mãos de quem lê auto-ajuda.
Postado por Max Rodrigues às 13:01 5 comentários
Marcadores: augusto cury, auto-ajuda, chinesa, inteligência, literatura, livros
segunda-feira, 8 de março de 2010
Gays são mais bonitos que heterossexuais
Que as mulheres desprezam o sexo masculino em si, não é grande novidade, mas as formas como elas demonstram isso nem todos sabem ou conseguem reconhecer. Uma dessas formas é dizer que homossexuais - os gays - são mais bonitos e educados que os heterossexuais - vez ou outra elas dizem isso como forma de insultar os heterossexuais de dissimular o que realmente as atrai: não é nem beleza e nem educação. Entretanto, discorrerei neste artigo acerca da questão estética. Direi o porquê de as mulheres considerarem gays mais bonitos que os héteros.
Qualquer um que tenha noção do establishment atual reconhece a questão estética como fiscal comportamental alheio, isto é, não se pode seguir o padrão estético vigente sem que o alie ao também padrão comportamental vigente. Refiro-me aos padrões impostos ao sexo masculino, quais sejam: preocupar-se com as marcas de roupa que usa - se estão na moda e se combinam (independente se para ele está bom ou não); e preocupar-se com a representação máxima da figura masculina: os pêlos - ele deve depilar eles. Veja, aqui separei a parte comportamental - a preocupação com vestimenta e depilação - e a parte estética - a depilação -.
A ultima vez que me lembro de ter visto mulheres dizerem que os gays correspondem a parcela de homens mais bonitos, foi através do “protesto” “eu também tenho c*”, que elas diziam que os homens as tinham “largado” para deitarem-se com outros homens, aqueles, por elas mesmas, mais charmosos, educados e – o tema deste artigo – bonitos.
Antes de qualquer coisa, é preciso saber se uma mulher profere o slogan do protesto está tão disposta, como quer fazer parecer, a praticar sexo anal e se assim como os gays está dispostas, também, a fazer enema, limpar o reto a fim de não causar constrangimentos na hora do ato sexual.
(Se tem uma coisa, aliás, impressionante vindo de alguém – a mulher – que se importa tanto com o que podem pensar dela é o fato de as mulheres não fazerem enema, embora a prática do sexo anal não seja mais tão discriminada pelas mesmas, restando, desse modo, às prostitutas de luxo e atrizes do cinema adulto tal prática, por questões óbvias.)
Um episódio desses esclarece-nos uma coisa: quando o padrão comportamental e estético é baseado em preocupação demasiada acerca de roupas e depilação, é óbvio que os gays são mais bonitos.
Postado por Max Rodrigues às 11:22 6 comentários
Marcadores: depilação, establishment, gays, heterossexuais
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Discrepância dos Sexos - Última Parte
Nesta série “Discrepância dos Sexos”, eu discorri sobre questões importantes acerca da vida masculina e feminina, concernentes a conquista – ou nem tanto. De início mostrei que enquanto o homem faz mundos e fundos – e dívidas – para conquistar a mulher, ela, por seu turno, nada faz senão manter-se em condição de existência – o que, sejamos sinceros, não é grande trabalho, pois nosso instinto quer nos manter vivo, até que não possa mais.
Depois mostrei que há, uma vez preenchida a lista de pré-requisitos, e uma vez iniciado o relacionamento, o homem precisa seguir a cartilha do super-homem, aquele que é atleta sexual, segurança e pai, enquanto a moçoila sequer se esforça para conceder sexo conforme o desejo e fantasias de seu parceiro. Mas, que fique claro, os homens aceitam essa realidade: acham que os deveres são deles, e os direitos são delas.
E fui além, como se não bastasse homens serem eternos servos das mulheres, há ainda aqueles que em sua desfaçatez, dizem ser desapegados, mas passam boa parte do tempo a estudar o comportamento feminino, a criar manuais do que – ou não – fazer para atrair mulheres – ele acha que agir de forma indiferente em relação a mulher, por causa da mulher, é ser desapegado – auto-ilusão para eles; mentira para nós.
E como defensor da igualdade que sou, não poderia falar sobre ambos os sexos e enaltecer apenas um lado. Falei sobre o porquê de as mulheres serem exigentes: é porque estão jovens, com tudo em cima. Mas, fiz a ressalva, elas são assim, como disse, porque estão jovens, uma vez velhas - pois só não envelhece quem está morto – elas passam a se tornar mais humildes, passam, até mesmo, a fazer na cama o que não faziam antes. (Vale lembrar que há toda uma propaganda, hoje, a favor das mais velhas, dizem que são melhores porque têm mais experiência – quem já experimentou diz que isso não é realidade.) Ah, o homem? Quando mais velho passar a se tornar mais desejado pelas mulheres, e estão mais bem sucedidos que as mulheres de sua época. Pesquisas dizem que as mulheres são mais felizes que os homens até os 27, 30 anos (não sei precisar bem, mas é por volta disso), em média, depois disso, a felicidade fica a cargo do homem: agora ele está com sua vida estável, é claro, se ele tiver estudado e trabalhado na época em que as mulheres queriam apenas os vagabundos.
Pois bem, essas são considerações que servirão, acredito, como medida para que o leitor decida o que quer fazer da vida. Ir contra suas vontades e valores por causa de alguém que não fará metade e nem será grato; ser um cafajeste, hoje, e um infeliz, amanhã; ou fingir que nada faz por causa de mulher, ou assumir isso de uma vez. Bom, desde que não cause mal a ninguém senão a si próprio, faça o que bem entender.
A partir desta semana, voltarei a fazer atualizações quinzenalmente
Postado por Max Rodrigues às 00:53 1 comentários
Marcadores: cafajeste