segunda-feira, 28 de setembro de 2009

O descaso de um caso



As pessoas estão preocupadas com o próximo capítulo da novela, com a próxima festa, com a próxima semana de moda, em se enquadrarem nos padrões comportamentais e estéticos, enquanto a sociedade se degrada de pouco em pouco.

Não é de agora que se sabe da existência de bullying, mas, pelo menos, por agora há um melhor olhar, mesmo que tímido, acerca desse assunto. Bullying é a agressão física e psicológica contra pessoas mais “fracas”. É muito comum dentro de escolas.

As pessoas possuem (ou parecem possuir) uma natureza estúpida, servil. As pessoas vivem a valorizar aqueles que mais são desprezíveis. Parece que elas vivem num ciclo de escravo e senhor. Querem umas as outras impor suas vontades e excluem as que assim não desejarem, mas, por outro lado, sucumbem ao encontrarem alguém mais desprezível que elas e, desse modo, se tornam servis e verdadeiros animais adestrados. Isso é também um espírito de rebanho reprimido.

Nos colégios se pode muito bem observar que, os professores mais tolerantes são os menos respeitados, em contrapartida que os mais “carrascos” costumam ser os mais queridos e admirados. O mesmo acontece de aluno para aluno. Os alunos se unem para tirar sarro daqueles que não estão inseridos nos padrões que eles determinam (aliás, que eles acham que determinam), seja estético, seja comportamental. O fato é que, precisa-se estar em dia com gírias, roupas, músicas e “beleza” do momento. Daí, quem não estiver, passa a ser ridicularizado, a ser alvo de todo o tipo de mofa. E, na contracorrente, a direção de os colégios nada faz, apenas se mantém omissa. Os professores também, mas esses muitas vezes também sofrem (os tolerantes), mas há quem participe de as brincadeiras (os carrascos).

Muitos professores, diversas vezes, nada podem fazer, porque os alunos abusam de uma falsa autoridade, que acham que possuem, para recriminar os professores. Nos casos de colégios particulares, é comum ver alunos falando “vou mandar o meu pai o demitir” E nos colégios públicos, o uso da violência armada, da ameaça constante de morte.

Hoje se delega deveres, mas nunca direitos aos professores. Tudo é permitido e o professor que aceite calado.

As pessoas vivem preocupadas em demasia com cotas de raça, de gênero; leis de gênero, de sexualidade, e esquecem que para restaurarmos a sociedade é preciso que eduquemos as pessoas (penso que, seja por bem, seja por mal). E que, se quisermos uma sociedade melhor, lá na frente, teremos que educar nossas crianças e adolescentes hoje, até porque a de hoje e os mais velhos de amanhã, estão condenados. Para qual lugar vai uma sociedade em que universitários vão à universidade para fazer farra quando, na verdade, deveriam ir para estudar e tão-somente isso?

É preciso que olhemos para o passado a fim de que possamos ver o que deixamos de bom lá atrás.

Se quisermos por ordem a tudo isso temos três passos para o começo que são fundamentais: por as mães de volta à casa, para que cuidem do lar e das crianças, pois hoje elas (as crianças) estão sendo criadas por babá, a autoridade (a mãe) que deveria estar no lugar foi trocada por alguém (a babá) que pode ser demitido caso a criança ou adolescente não a aceite; dividir colégios e turmas por sexo, pois isso é saudável, uma vez que está de acordo com as diferenças biológicas; e, por fim, punir de forma severa quem pratica bullying.

Vamos parar de parcialidade e de hipocrisia, se se quer buscar o respeito, que busquemos o respeito à todos.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Nota sobre a "solidariedade" feminina


Dizem que não há solidariedade entre os homens, que somente as mulheres é que defendem umas as outras. Não! A verdade é que, homens que não defendem outros homens, quando uma injustiça é cometida, é porque esses homens são cafajestes – não há o que falar mais. E as mulheres não são solidárias como fazem parecer ser, mas sim egocêntricas – não é novidade.

Se por um lado, quando um homem é traído, por exemplo, outros homens tiram sarro dele, fazem piadas e mais piadas da situação dele. Do outro, as mulheres defendem a amiga com unhas e dentes, e imprecam e execram o homem que a traiu – isso se não foi uma delas (amigas) que compactuou com a traição, mas esse não é o caso que quero tratar aqui.

A questão é que é muita ingenuidade achar que mulheres são solidárias umas com as outras. Elas defendem, quando defendem, a imagem delas próprias, e não a imagem da outra.

Se você diz “toda mulher é vadia”, elas dizem “não generalize”, “tem exceção”, porque elas querem se por fora do julgamento, porque elas se julgam essas exceções. É um querer se abstrair sociologicamente, para que fiquem isentas de possíveis responsabildiades. O mesmo não acontece quando se diz “toda mulher merece respeito”, elas apenas afirmam isso – mas não há exceções em tudo?

Ao "ajudarem" umas as outras, ao isentarem umas as outras de culpa, elas estão favorecendo a própria imagem delas. É, na verdade, uma "boa ação" baseada em uma projeção que elas fazem da própria imagem. Elas são corporativistas por puro egocentrismo, porque querem manter a imagem dócil e pura delas, pois, em realidade, elas não se importam umas com as outras.

Portanto, há solidariedade entre homens sim, e é real e não egocêntrica, ao passo que solidariedade feminina não passa de salvaguarda da imagem delas. As mulheres, pois, vivem de imagem e de palavras, todo mundo confia no que elas dizem, então é muito custoso para elas com que o único trunfo que elas possuem esteja em risco de ser descreditado.

Mas já sabemos, não se deve confiar no que uma mulher diz, e sim ficar atento ao que ela faz. Contudo, para não ofendê-las, sem necessidade, finjamos, homens (e mulheres também), que nossa confiança elas a tem – entra em um ouvindo, sai pelo outro.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Leis e Cotas para Peludos


Cotas para negros, cotas para mulheres, desfiles de moda com gordas. Tudo isso por causa de preconceito? Pois, há de ter cotas para peludos e desfiles com modelos peludos também.

Como é regra geral, deve-se hostilizar quem estiver fora do padrão estético e comportamental vigente. A bola da vez? Os peludos! A moda hoje é se depilar. A moda hoje é passar os mais variados cremes na pele. A moda hoje é homem beijar homem.

Tem outra coisa em moda: criar leis. Bom, se o motivo de criarem leis específicas para mulheres e projetos de lei especifica para os gays, é a discriminação e o preconceito, então temos que criar lei especifica para os peludos, pois hoje em dia quem é peludo está fadado a sofrer os mais variados preconceitos – tem que ter jogo de cintura, admito -, e piadinhas – assim como gays e mulheres.

Criaram a lei Maria da Penha, quero que criem a lei Tony Ramos. Criaram o projeto de lei contra a “homofobia”, quero que criem o projeto de lei contra a “pelofobia” – sim, isso existe, é verdade. Puseram cotas para negros nas passarelas dos desfiles de moda, quero cotas para peludos nas passarelas dos desfiles de moda também. Ponto interessante: não existe prova mais cabal do preconceito contra peludos que o fato de não haver um peludo sequer nos desfiles de moda. Tudo bem – você diz -, mas homem de verdade trabalha com o cérebro, não com o corpo – vou relevar essa observação, direito de todos.

A grande questão por detrás do aparente é que há uma política em prol da feminilização do homem e masculinização da mulher. A inversão total dos valores, dos papéis. Mulheres hoje bebem e fumam tanto ou mais que os homens – isso é normal –, assim como homens se depilam, falam frases no diminutivo, sentem orgulho em demonstrar que são pusilânimes, e que contratam mulheres por serem mulheres – e por falar em lei, por que não dizer que isso já não é uma lei?

Vamos parar de hipocrisia e redenção. Vocês que se querem mostrar benfazejos, façam questão de lutar contra todos os tipos de preconceitos, pois já está bem claro que vocês são oportunistas e só querem regalias. E vocês, projetos de homens, parem de se depilar porque querem ser aceitos no grupo e parem também de falar “ah, isso de pêlos é besteira” enquanto se depilam – vão estudar.

Pois bem, dêem direitos a todos os peludos de saírem de casa sem serem perseguidos pelo vulgo efeminado, pelas fêmeas-machos, que sequer sabem, aliás, o porquê de não gostarem de peludos, a verdade é que são lésbicas, mas tem cura, basta raciocinarem – tarefa difícil.

Tendo em vista o supracitado, não é mais que certo, agora, criarmos leis para defender e cotas para incluir peludos como já sugerido, nas passarelas e, ouso dizer, também nas universidades. Nós, peludos, sim fazemos parte de uma minoria – agora um paradoxo – que só tende a aumentar.