É notório o desconhecimento do grosso da população acerca do que vem a ser realmente, sem manipulações ideológicas, machismo. Sendo os conservadores, evidentemente, uma parcela desta mesma população, é presumível que muitos deles não saibam o que é machismo e acabem por, infelizmente, desembocar para o feminismo, este sim uma verdadeira infâmia. Nesta simplória nota quero demonstrar um pouco do que de fato é machismo e assim esclarecer o caráter indissociável entre conservadorismo e machismo.
Ao contrário do que se diz por ai, do que se imagina, o machismo nada tem a ver com destrato, hostilidade, violência contra a mulher (aliás, quem age de maneira violenta, hostil e destrata qualquer ser humano, sem motivo aparente, é apenas um incivilizado, um criminoso). O machismo, em realidade, é uma simples admissão de uma Verdade: homens e mulheres são biologicamente diferentes e inclinados, geralmente, para coisas diferentes. Aqui entra o conflito com o feminismo.
O feminismo parte do pressuposto de que homens e mulheres são idênticos e, portanto, podem as mulheres – e devem (as feministas ressaltam) – fazer as mesmas coisas que os homens, ou cada um fazer o que “culturalmente” era indicado para o outro sexo fazer – vice-versa. Desse modo, o feminismo é uma perversão da natureza, por estar mais que provado o fato de que meninos e meninas tendem seguir carreiras profissionais comuns aos seus sexos, mesmo que recebam tratamento e educação neutros (experiência do Kibutz) – as meninas dão preferência às profissões em que há contato com pessoas e os meninos, por seu turno, às profissões em que há contato com máquinas e outras dessa sorte.
Sendo o apelo à tradição um dos pilares do conservadorismo, e sendo o machismo tão somente a admissão – e o endosso – de que há diferenças categóricas entre homens e mulheres que os influenciam a se dedicar a determinados papéis na sociedade, não é equívoco pensar que há uma íntima – e indissociável – ligação daquele com este. A divisão de papeis sexuais, dentro de um casamento, por exemplo, não foi algo construído culturalmente, mas uma conseqüência da mudança de comportamento dos nossos antepassados, os macacos caçadores, que antes eram carpófagos e passaram a ser carnívoros, isto é, passaram a ter que caçar para adquirir o alimento; e como tal mudança veio concomitantemente com o advento da neotenia, os grupos de caça passaram a ser formados plenamente por machos, enquanto as fêmeas ficavam no abrigo e cuidavam das crias.
Assim sendo, não há mais ínfima possibilidade de um individuo reconhecer-se como conservador ao mesmo tempo em que se diz contrário ao machismo. Onde houver conservador ou conservadora que se digam contrários ao machismo, que sejam expostos, sem a mais ínfima complacência, ao vexame público.
segunda-feira, 2 de maio de 2011
Nota Sobre o Caráter Indissociável Entre Conservadorismo e Machismo
Postado por Max Rodrigues às 01:01 7 comentários
Marcadores: conservadorismo, machismo
Assinar:
Postagens (Atom)