segunda-feira, 19 de abril de 2010

Mulher Não Gosta de Sexo

A mídia mente, a mídia distorce a realidade, a sociedade se deixa levar por essas mentiras e as propaga. Uma dessas mentiras é de que uma mulher gosta de sexo tanto quanto um homem. Aqui, demonstrarei quão falso esse fato é.

Antes de tudo, precisamos saber o que é “gostar de sexo tanto quanto um homem”. Homens gostam de sexo? Ora, pensei que querer fazer sexo envolvesse a questão biológica, desse modo, animais é que gostam de fazer sexo, o que tornaria necessária a reformulação da sentença para “mulheres gostam de sexo tanto quanto qualquer animal”. Ora mais uma vez, não é comum que fêmeas façam tanto “sexo” quanto os machos de suas espécies, elas não possuem a mesma inclinação, elas não possuem a capacidade além de um filho por vez. Assim sendo, há algum erro, ou melhor, há uma mentira. Primeiro, enquanto animais racionais, não é apenas a questão biológica que nos inclina a fazer sexo, pois sexo em sua grande parte é abstração, fantasia e animais irracionais não são capazes de tais coisas – eis o significado de não viver (somente) segundo o instinto e o porquê de haver uma linha tênue entre assexualidade humana e animal. Segundo, mulheres não gostam de sexo em si e direi por quê.

Uma vez que se sabe que não é – somente – a biologia que nos propulsiona a fazer sexo, pois sexo como conhecemos é abstração em demasia, fica-nos evidente que uma mulher jamais gosta tanto de sexo quanto um homem, isto é, pela via biológica, esta afirmação já está desacreditada. Agora, enquanto animais racionais, essa afirmação também é falsa, pois se não é a questão biológica que move a mulher, então são questões sumariamente “humanas” que a propulsiona a fazer sexo – conquanto o “amor” seja uma invenção humana, esse não é um dos motivos que leva uma mulher a fazer sexo – mais adiante saberemos quais são estas questões. Outra evidência em prol do fato, aqui, esclarecido é de que, grosso modo, se mulher gostasse de sexo em si, a prostituição teria findado, porque a mulher transaria como se em estado permanente de cio vivesse, e sabemos que não é isso o que acontece.

(Nem mesmo o homem gosta de sexo em si, pois já pararam para observar uma cena de sexo – ao vivo ou em película - sem se deixar levar pelo desejo e perceber quão enfadonho é o mesmo? A diferença é que homens por terem um desejo sexual maior – via biológica - e não se importarem tanto com questões externas à mulher – via social, humana – eles são menos seletivos.)

Em vista disso, um clichê deve ser dito: mulher é interesseira. Sim. Eis a verdade, tão dita por aí afora, mas sempre rebaixada ao caráter de simples pilhéria. Contudo, que uma coisa fique clara: ser interesseira não envolve tão somente a questão material, é fato que mulheres fazem sexo por causa de dinheiro – assim como cafajestes fazem com gays em troca de cerveja, feijoada e voltas de carro -, mas status social – que nem sempre envolve questão financeira -, isto é, a mulher faz sexo com determinado homem – e, hoje, ouso dizer, com mulheres também (sei que não há “intercurso sexual safista”) – por conta do que tal homem pode proporcionar a ela ante os outros, ou pelo que ela acha que tal homem representa – a imagem que a mesma tem de determinado homem. Deste modo, angariar um emprego, melhor emprego ou cargo; conseguir objetos de valor como jóias e outros dessa sorte; ascender status social, são, em suma, os motivos pelos quais mulheres fazem sexo, e não pelo sexo em si, pois sexo em si não presume seletividade estética, melhor condição de vida social e muito menos automóveis, viagens, roupas e utensílios novos. Sexo em si presume apenas uma coisa: sexo.

Portanto, resta-nos apenas uma pergunta: prostitutas gostam de sexo, ou gostam de dinheiro? Deixarei com que a consciência do nobre leitor responda por si só.



segunda-feira, 5 de abril de 2010

Nota Sobre a Auto-Estima; Um Caso Específico

As pessoas mais íntimas a mim dizem que me subestimo, pois, segundo estas, tenho a mim em mais baixa conta. Não é verdade, pelo contrário: tenho a mim em mais alta conta e que todas as minhas frustrações se devem ao fato de superestimar-me, não o oposto. Para evidenciar isso, discorrerei acerca de pessoas que, sim, têm a si mesmas em mais baixa conta e que, de fato, se subestimam.

Um fato que, de certo modo, demorei a reconhecer é que determinadas mulheres (muitas delas) - e cafajestes também, é claro – possuem uma auto-avaliação depreciada de si mesmas, pois são incapazes de enxergar a si mesmas além - ou aquém – de toda a coisificação imposta pelos outros e por si próprias.

A mulher vulgar – e vulgar refere-se aqui ao que é comum – contenta-se com pouco, ou melhor, contenta-se com o mínimo possível de valor que uma pessoa possa ter, pois se rebaixa ao valor da simples matéria existente.

Numa época em que a natureza animal tende a sobrepor, por questões de valor, a natureza intelectual e moral; possuir formas físicas capazes de insuflar os instintos de procriação no homem (como se para isso fosse difícil e em breve direi por que não) torna-se o paroxismo da excelência existencial, é evidente que mulheres tornaram-se diminutas ante os próprios olhos.

Como muitos devem saber, a mulher fundamenta suas ações no ego, isto é, o modo de ser dela está intimamente ligado ao ego – se ela está feliz, é porque o ego foi massageado; se ela está infeliz, é porque o ego está ferido (isso não é comum das mulheres, mas característico delas, uma vez que é, também, comum em homens).

Posto isso, cabe, agora, lembrar o comportamento da mulher moderna: arrogante, soberbo, insolente, disparatado, etc. Ora, mas o que essas mulheres fazem para que possam assim ser? Toda essa arrogância, soberba, por qual motivo? Certamente, por terem alguma espécie de prestígio. E de fato têm. As mulheres são exaltadas por todos os cantos – inclusive quando depreciadas (em letras de música funk, por ex.), para elas, é uma forma de exaltação. Desse modo, elas passam a pisotear todos a sua volta, a achar que em si mesmas reside todo o valor delas, isto é, a simples existência dela é de suma importância – para o quê ainda não se sabe, ainda não sei.

Pois bem, por causa disso, a mulher demonstra ter de si para si mesma uma imagem exígua, diminuta, inferior – mesmo que pense o contrário -, pois satisfaz-se com o mínimo que alguém tem: um corpo. À mulher basta ser elogiada por suas formas para que ela se sinta a quintessência da humanidade, uma quase divindade, percebe-se

Ora, mas é evidente que alguém que basta a si mesmo pela simples existência enquanto corpo avalia-se pela mais baixa estima, pois, mais evidente ainda, ao concebermos nossa capacidade racional, temos noção de que podemos ir além de um mero animal estagnado pelo instinto, que está aqui para viver, reproduzir-se e morrer.

Apenas pessoas dotadas de uma racionalidade pífia não enxergam isso e, mais ainda, a beleza de ser um animal racional.

Desse modo, está elucidada a questão da auto-estima de quem se resume a matéria e de quem reconhece ser matéria, mas como animal racional, sabe que pode ir além.