segunda-feira, 7 de março de 2011

Um mundo sem mulheres é um mundo feio

Pois, sim, é verdade. Um mundo sem mulheres seria um mundo feio, um mundo dantesco. Tenho pesadelos acordado somente de pensar nessa hipótese. Mal consigo ir do quarto à cozinha, quando de noite, sem que para isso não acenda a luz da sala que permeia o caminho.

Veja o homem, – a ideia de homem deve vir a sua mente agora, não a ideia de homem moderno que mais parece uma representação burlesca da mulher, que fique claro – e perceba como seria abominável um mundo sem mulheres, sem a delicadeza feminina; um mundo ocupado pela rudeza, pelos movimentos metódicos, pelas risadas canalhas do homem e não pelos risos e sorrisos infantis e as formas corporais da mulher. Enxerga-se, aqui, a mulher como ela se quer ser enxergada: pelas suas belas e bem talhadas formas.

Um dia fervente, como se pela forja de Hefesto caminhássemos, torna-se menos angustiante quando damos a apreciar a beleza feminina, que passa de um lado para o outro, nas ruas que, agora, se tornam verdadeiras alamedas dos anjos, um plano metafísico, celeste. Como sabiamente disse Nietzsche (1884-1900): “A mulher é o repouso do guerreiro”; a mulher faz com que as vistas cansadas das agruras da vida sejam descansadas pela simples apreciação estética de sua beleza. Não é por isso, talvez, que muitos homens por ai afora exaltam determinados lugares por conta da presença abundante de mulheres? Seria a mulher assim como a arte na filosofia de Schopenhauer (1788-1860) uma forma de negar a Vontade primeira? Possivelmente.

A pureza com que as idealizamos pelos motivos supracitados são os mesmos motivos que dão a elas a preferência para os empregos no setor de vendas e telemarketing, pois mesmo que não possua uma beleza apreciável, a voz da mulher por si só consegue angariar um conforto existencial para o homem, este pobre diabo tomado pela racionalidade que o faz enxergar a crueza que é a mesma.

É, pois, triste ver que mulheres, muitas por ai, quererem negar essa superioridade intrínseca a elas, perdendo o tempo no anseio de ocupar os mesmos campos na sociedade que o homem; e não somente isso, também nas situações em que querem possuir comportamentos rasteiros que, para as mesmas, é intrínseco ao homem.

Como cantaria Dorival Caymmi (1914-2008): Marina, você já é bonita / Com o que Deus lhe deu. Portanto, mulheres de todo mundo, não estraguem essa beleza genuína. Ou como sabiamente diria Lorde Henry (personagem do romance O Retrato de Doria Gray de Oscar Wilde [1854-1900]), que não mais demonstra senão o reconhecimento pela superioridade estética e reconfortante feminina: mulheres pertencem ao sexo de ornamento. Nunca têm nada para dizer, mas dizem-no de uma maneira encantadora.

Por tudo isto e além, um mundo sem mulheres seria assombroso, hostil, inóspito.

Feliz dia da mulher.