segunda-feira, 5 de abril de 2010

Nota Sobre a Auto-Estima; Um Caso Específico

As pessoas mais íntimas a mim dizem que me subestimo, pois, segundo estas, tenho a mim em mais baixa conta. Não é verdade, pelo contrário: tenho a mim em mais alta conta e que todas as minhas frustrações se devem ao fato de superestimar-me, não o oposto. Para evidenciar isso, discorrerei acerca de pessoas que, sim, têm a si mesmas em mais baixa conta e que, de fato, se subestimam.

Um fato que, de certo modo, demorei a reconhecer é que determinadas mulheres (muitas delas) - e cafajestes também, é claro – possuem uma auto-avaliação depreciada de si mesmas, pois são incapazes de enxergar a si mesmas além - ou aquém – de toda a coisificação imposta pelos outros e por si próprias.

A mulher vulgar – e vulgar refere-se aqui ao que é comum – contenta-se com pouco, ou melhor, contenta-se com o mínimo possível de valor que uma pessoa possa ter, pois se rebaixa ao valor da simples matéria existente.

Numa época em que a natureza animal tende a sobrepor, por questões de valor, a natureza intelectual e moral; possuir formas físicas capazes de insuflar os instintos de procriação no homem (como se para isso fosse difícil e em breve direi por que não) torna-se o paroxismo da excelência existencial, é evidente que mulheres tornaram-se diminutas ante os próprios olhos.

Como muitos devem saber, a mulher fundamenta suas ações no ego, isto é, o modo de ser dela está intimamente ligado ao ego – se ela está feliz, é porque o ego foi massageado; se ela está infeliz, é porque o ego está ferido (isso não é comum das mulheres, mas característico delas, uma vez que é, também, comum em homens).

Posto isso, cabe, agora, lembrar o comportamento da mulher moderna: arrogante, soberbo, insolente, disparatado, etc. Ora, mas o que essas mulheres fazem para que possam assim ser? Toda essa arrogância, soberba, por qual motivo? Certamente, por terem alguma espécie de prestígio. E de fato têm. As mulheres são exaltadas por todos os cantos – inclusive quando depreciadas (em letras de música funk, por ex.), para elas, é uma forma de exaltação. Desse modo, elas passam a pisotear todos a sua volta, a achar que em si mesmas reside todo o valor delas, isto é, a simples existência dela é de suma importância – para o quê ainda não se sabe, ainda não sei.

Pois bem, por causa disso, a mulher demonstra ter de si para si mesma uma imagem exígua, diminuta, inferior – mesmo que pense o contrário -, pois satisfaz-se com o mínimo que alguém tem: um corpo. À mulher basta ser elogiada por suas formas para que ela se sinta a quintessência da humanidade, uma quase divindade, percebe-se

Ora, mas é evidente que alguém que basta a si mesmo pela simples existência enquanto corpo avalia-se pela mais baixa estima, pois, mais evidente ainda, ao concebermos nossa capacidade racional, temos noção de que podemos ir além de um mero animal estagnado pelo instinto, que está aqui para viver, reproduzir-se e morrer.

Apenas pessoas dotadas de uma racionalidade pífia não enxergam isso e, mais ainda, a beleza de ser um animal racional.

Desse modo, está elucidada a questão da auto-estima de quem se resume a matéria e de quem reconhece ser matéria, mas como animal racional, sabe que pode ir além.



1 comentários:

Lobo Sagrado disse...

Vamos ver se entendi o que você quis dizer: a causa da sua tristeza a perceber que grande parte das pessoas (inclusive as mulheres) são inferiores a você?

Sim, este é um grande motivo de tristeza. Quando percebemos que nossas idéias estão muito além da compreensão da maioria das pessoas e somos tomados por "loucos". na verdade, passei a aceitar o adjetivo "louco" como elogia, pois quando li as biografias de caras como Einstein, Newton, Sócrates, Galileu, Darwin, vi que todos estes foram chamados de loucos e ridicularizados em vida, sendo reconhecidos muitos anos depois de suas mortes.

Todo homem superior que uma mulher superior. A mulher superior é inteligente, o que não quer dizer que ela seja uma "moderninha" com doutorado, mas aquela mulher cheia de sabedoria que entende seus limites e sabe tirar proveito do que a Natureza lhe deu (no bom sentido, claro), sabendo compreender a natureza viril de seu amado.

Esta é a mulher que todo grande homem quer e precisa. Assim como existem as mulheres exceção, homens superiores e geniais também são exceção. daquela comunidade OLODM, por exemplo, conto nos dedos caras que se destacam lá. Muito se reclama que existem poucas mulheres boas para tantos homens, como se todos aqueles paspalhos merecessem estas mulheres "maçãs do topo". Ficam choramingando que mulher não gosta de homem bom e só quer os "destacados", mas é claro que mulher quer um homem destacado. Que homem quer uma mulher vulgar (no sentido que você atribui no seu texto)? Nós também queremos mulheres que se destaquem, mas para isso, também temos de nos destacar em nosso grupo.

E uma das coisas que nos faz fortes e destacados é a nossa auto estima. Quando nos sentimos superiores, passamos aos outros essa imagem. Então os outros passam a ter ver com o alguém superior e você realmente passa a acreditar que é superior. Mas não basta apenas fingir algo que não é, pois temos de trabalhar nossa mente e nossas atitudes para nos destacarmos e conquistarmos nosso espaço no grupo.

Um bom exemplo é quando escrevemos sobre coisas que a pensamos, sem medo de afastarmos 'amigos", mas mantendo nossa integridade e desafiando aquilo que consideramos errado.

Coisas que falo aqui, falo em qualquer lugar e isso ta me custando caro. Recentemente, tive problemas numa escola onde faço estágio por fazer comentários "politicamente incorretos", ao contestar um professor que falava um monte de bobagem senso comum do tipo "mulher é muito oprimida, mimimi". Não me arrependo, mas sei que este meu comportamento, no futuro, poderá me tirar oportunidades de emprego.

Não vou mudar minhas atitudes nem meu modo de pensar, porém, sei que devo ponderar minhas palavras e só fala-las na oportunidade certa. Nest caso, meu excesso de auto estima, de confiar tanto em mim, está sendo prejudicial. Por isso é que eu sempre tento fugir dos exageros e achar o ponto de equilíbrio, como dizia o filósofo Sócrates.