segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Discrepância dos Sexos - Última Parte

Nesta série “Discrepância dos Sexos”, eu discorri sobre questões importantes acerca da vida masculina e feminina, concernentes a conquista – ou nem tanto. De início mostrei que enquanto o homem faz mundos e fundos – e dívidas – para conquistar a mulher, ela, por seu turno, nada faz senão manter-se em condição de existência – o que, sejamos sinceros, não é grande trabalho, pois nosso instinto quer nos manter vivo, até que não possa mais.

Depois mostrei que há, uma vez preenchida a lista de pré-requisitos, e uma vez iniciado o relacionamento, o homem precisa seguir a cartilha do super-homem, aquele que é atleta sexual, segurança e pai, enquanto a moçoila sequer se esforça para conceder sexo conforme o desejo e fantasias de seu parceiro. Mas, que fique claro, os homens aceitam essa realidade: acham que os deveres são deles, e os direitos são delas.

E fui além, como se não bastasse homens serem eternos servos das mulheres, há ainda aqueles que em sua desfaçatez, dizem ser desapegados, mas passam boa parte do tempo a estudar o comportamento feminino, a criar manuais do que – ou não – fazer para atrair mulheres – ele acha que agir de forma indiferente em relação a mulher, por causa da mulher, é ser desapegado – auto-ilusão para eles; mentira para nós.

E como defensor da igualdade que sou, não poderia falar sobre ambos os sexos e enaltecer apenas um lado. Falei sobre o porquê de as mulheres serem exigentes: é porque estão jovens, com tudo em cima. Mas, fiz a ressalva, elas são assim, como disse, porque estão jovens, uma vez velhas - pois só não envelhece quem está morto – elas passam a se tornar mais humildes, passam, até mesmo, a fazer na cama o que não faziam antes. (Vale lembrar que há toda uma propaganda, hoje, a favor das mais velhas, dizem que são melhores porque têm mais experiência – quem já experimentou diz que isso não é realidade.) Ah, o homem? Quando mais velho passar a se tornar mais desejado pelas mulheres, e estão mais bem sucedidos que as mulheres de sua época. Pesquisas dizem que as mulheres são mais felizes que os homens até os 27, 30 anos (não sei precisar bem, mas é por volta disso), em média, depois disso, a felicidade fica a cargo do homem: agora ele está com sua vida estável, é claro, se ele tiver estudado e trabalhado na época em que as mulheres queriam apenas os vagabundos.

Pois bem, essas são considerações que servirão, acredito, como medida para que o leitor decida o que quer fazer da vida. Ir contra suas vontades e valores por causa de alguém que não fará metade e nem será grato; ser um cafajeste, hoje, e um infeliz, amanhã; ou fingir que nada faz por causa de mulher, ou assumir isso de uma vez. Bom, desde que não cause mal a ninguém senão a si próprio, faça o que bem entender.

A partir desta semana, voltarei a fazer atualizações quinzenalmente

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Discrepância dos Sexos - Parte 4

Quando a idade vai chegando , a exigência diminui , podendo até algumas tomarem iniciativa quando notam um 'bom partido' para suas satisfações utilitaristas.

Esse foi o comentário de um dos leitores do blog na primeira parte dessa série acerca das diferenças, no que diz respeito à atração e relacionamento afetivo, entre homem e mulher. E é sobre ele (o assunto do comentário) que discorrerei a quarta parte da série.

Aqueles que tenham acompanhado a série, se notaram bem, puderam perceber que o ônus da atração, da conquista e do relacionamento afetivo, está a cargo do homem, mas como bem notou um dos leitores: Quando a idade vai chegando, a exigência diminui... Pois bem, é verdade.

A mulher, quando ainda jovem, possui todas as prerrogativas para desfrutar de uma vida plenamente confortável em todos os quesitos: namoro, atração, trabalhos, e etc. Pois ela está no auge da beleza, sem rugas, sem cabelos grisalhos, o peso sob controle e tudo o mais que seja. Mas Cronos a ninguém perdoa. E chega o momento em que aquela bela mulher, que pisoteava bons rapazes por dar predileção a cafajestes, envelhece e se encontra infeliz, sozinha e que a única ação de cavalheirismo que consegue angariar, agora, é a de carregarem as suas sacolas de compras. E, caro leitor, quando essa fase chega, é dito e certo: a mulher se torna mais humilde, menos exigente, menos seletiva. Agora ela busca o bom moço, aquele que acreditava quando ela dizia preferir homens românticos, mas o repudiava enquanto se deitava com canalhas – aqueles que ela dizia repudiar. O discurso dela muda, muda conforme a flacidez dos braços dela, agora ela quer: homens maduros – ironicamente, maturidade para ela, quando jovem, significava relacionar-se com diversas mulheres.

Agora, ela sofre. Os canalhas da época dela querem mocinhas (até por que as mocinhas os querem, elas preferem os mais velhos – eles são maduros); outros não a querem, porque não se atraem pela ideia de fazer sexo com a própria mãe.

(Eu tenho pena, tenho vontade de oferecer um prato de comida à porta da minha casa, é a mesma sensação: a de penúria.)

E então, o que ela faz? Se antes não tinha tatuagem, passa a ter; se antes não usava piercing, passa a usar; passa a usar roupas decotadas e saias curtíssimas (tanto ou mais que antigamente), ir a festas mais as outras velhotas “encalhadas”, bebe como se Quincas Berro D’água fosse e se orgulha disso, acha “lindo” dizer que ficou bêbada e beijou o rapaz que a amiga gosta – como é de costume, põe a culpa na bebida, como se esta a obrigasse a reduzi-la ao nada. Passa a sustentar rapazes bem mais novos, na idade de serem filhos dela, para demonstrar “eu ainda sou competitiva” – quando na verdade está mais para “Dercy Gonçalves do sexo” –, e vilipendia os homens de sua faixa de idade. Se seu desempenho sexual de outrora já era péssimo – ficava na cama estatelada, sem dizer nada, sem fazer nenhum movimento como uma boneca inflável -, imagine agora com as pernas varicosas, abdômen flácido, rosto e mãos enrugadas – bufa tal qual uma porca em apenas 2 minutos de relação, porque quer fazer o que não fazia antes, pois precisa mostrar-se fêmea fatal a fim de prender o rapaz a ti.

Mas, infelizmente, nem tudo é flores. Como continua o comentário do leitor o qual dei início a este artigo: No entanto, se elas puderem, após o casamento (e a vida 'garantida'), elas buscarão amantes usando as mesmas bases de exigência quando eram solteiras. Sim, é verdade. Se ela conseguir fisgar algum infeliz, desatento, até mesmo aquele que a mesma menosprezava e, assim, obter – nas palavras do nobre leitor – “vida garantida”, ela voltará a escolher os exemplos de antes como amantes. Mas, ainda assim, presumo que não obterá tamanho resultado como antigamente.

Em tempo: acaso você, leitor, esteja a ser desprezado por ser bom moço, hoje? Faça assim, estude, construa uma vida plena em conhecimento e dinheiro, quando estiver lá na frente, traumatize esta que hoje o despreza – a justiça pode tardar, mas nunca falhar.

Na próxima semana (15/02) será a última parte desta série, nada mais será que uma recapitulação das partes até esta de agora e, caso necessário, comentários adicionais.



segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Discrepância dos Sexos - Parte 3

Você, leitor, que tem acompanhado esta série acerca da discrepância dos sexos, no que diz respeito aos relacionamentos afetivos, à conquista, pôde perceber que, embora tal discrepância seja gritante, esta passa quase despercebida pelas pessoas, ou talvez as mesmas finjam não perceber. Pois bem, no artigo desta semana discorrerei sobre o desapego daqueles que fazem tudo que fora supracitado nos artigos anteriores e insolentemente dizem ser desapegados em relação às mulheres, que não vivem em função delas e que são auto-suficientes.

Desde os tempos mais primórdios que se nota, concernente à atração intersexual, a submissão masculina à mulher, contudo, em anos longínquos em demasia do ano presente, havia uma troca proporcionalmente equidistante, onde o homem sustentaria a mulher e ela o daria a honra de ser o primeiro a deitar-se com ela e ela seria aquela a qual cuidaria do lar e filhos deles. Hoje, a submissão masculina ainda existe, mas uma breve diferença: é impossível, injusta, logicamente. Hoje, a mulher inicia sua vida sexual tão ou mais cedo que o homem e possui mais parceiros sexuais que as fazem parecer uma versão feminil de Giacomo Casanova (
1725 -1798). Não obstante, tudo isso, o homem ainda se faz de capacho das exigências descabidas femininas. É claro, admito, que cada um faz de si o que lhe aprazer, todavia, é de uma nescidade abissal fazer algo por causa de outrem e ainda assim dizer: sou desapegado. Pois bem, caro leitor, essa mentira soez é o item principal da cartilha comportamental de boa parcela de homens, hoje.

O homem, hodiernamente, representa em nosso zeitgeist a dissimulação do apego de forma jamais vista. Ele se reúne mais os outros do mesmo sexo para desenvolver manuais de comportamento: o quê e como fazer e dizer algo quando na presença de uma ou mais mulheres; quais roupas vestir; quais músicas ouvir, quais lugares a freqüentar; etc.

O homem, uma vez ao lado de uma mulher, põe seu comportamento em estado de alerta sobremaneira. Agrada e desagrada a si, aos outros e a mulher a fim de atrair para ele a atenção da mesma – ele briga com os pais, amigos (em casos especiais com a própria mulher) a fim de trazer à luz sua vil existência, e o que mais nos importa: por causa da mulher. Mas esse, aliás, é apegado declaradamente, não hesita em esconder isso dos outros, pois quer mostrar orgulhosamente sua subserviência à mulher. A parte risível, não que essa não o seja também, é a daqueles que fingem não ser apegados, mas que possuem em si a essência da servilidade mais abjeta.

Indivíduos que numa hora pregam a indiferença masculina ao pensamento feminino e fazem mofa daqueles que não seguem a risca seus ordenados, mas que noutra hora dizem coisas que enaltecem a natureza da mente infectada pela submissão, a saber: “tal rapaz se relaciona com mais mulheres que você” (desdenhosamente). Mas, ora, acaso aquele que, naturalmente, está desvencilhado da subserviência seria capaz de proferir tais palavras senão em caso de citação? É completamente ilógico uma árvore gerar frutos de uma árvore distinta. Portanto, a reunião que fazem os homens para discutir sobre o comportamento feminino, o que – ou não – fazer (mesmo que “ser indiferente, porque a mulher gosta”), como agir num encontro, na presença de mulheres, o que vestir, o que calçar, qual carro comprar, quais músicas ouvir, quais lugares a frequentar, quais critérios usados para avaliar um homem (quantas e quais mulheres ele se relaciona, por ex.), a fim de causar impressão feminina, a fim de atrair alguma mulher, é apego puro e simples.

Falsos desapegados, façam um favor a si mesmos: parem de dissimular seu apego à mulher e passem a viver uma vida verdadeiramente voltada para si próprios, ou, então, sejam menos mentirosos.


Atenção para o dia 08/01: tratarei de discorrer sobre um detalhe apontado por um dos leitores do blog, detalhe este que se refere a discrepância dos sexos quando o jogo troca de lado, quando as exigências femininas passam a ser subestimadas por elas mesmas.

Não leu os artigos anteriores? Leia-os aqui: Discrepância dos Sexos – Parte 1; Discrepância dos Sexos – Parte 2