segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Leis e Cotas para Peludos


Cotas para negros, cotas para mulheres, desfiles de moda com gordas. Tudo isso por causa de preconceito? Pois, há de ter cotas para peludos e desfiles com modelos peludos também.

Como é regra geral, deve-se hostilizar quem estiver fora do padrão estético e comportamental vigente. A bola da vez? Os peludos! A moda hoje é se depilar. A moda hoje é passar os mais variados cremes na pele. A moda hoje é homem beijar homem.

Tem outra coisa em moda: criar leis. Bom, se o motivo de criarem leis específicas para mulheres e projetos de lei especifica para os gays, é a discriminação e o preconceito, então temos que criar lei especifica para os peludos, pois hoje em dia quem é peludo está fadado a sofrer os mais variados preconceitos – tem que ter jogo de cintura, admito -, e piadinhas – assim como gays e mulheres.

Criaram a lei Maria da Penha, quero que criem a lei Tony Ramos. Criaram o projeto de lei contra a “homofobia”, quero que criem o projeto de lei contra a “pelofobia” – sim, isso existe, é verdade. Puseram cotas para negros nas passarelas dos desfiles de moda, quero cotas para peludos nas passarelas dos desfiles de moda também. Ponto interessante: não existe prova mais cabal do preconceito contra peludos que o fato de não haver um peludo sequer nos desfiles de moda. Tudo bem – você diz -, mas homem de verdade trabalha com o cérebro, não com o corpo – vou relevar essa observação, direito de todos.

A grande questão por detrás do aparente é que há uma política em prol da feminilização do homem e masculinização da mulher. A inversão total dos valores, dos papéis. Mulheres hoje bebem e fumam tanto ou mais que os homens – isso é normal –, assim como homens se depilam, falam frases no diminutivo, sentem orgulho em demonstrar que são pusilânimes, e que contratam mulheres por serem mulheres – e por falar em lei, por que não dizer que isso já não é uma lei?

Vamos parar de hipocrisia e redenção. Vocês que se querem mostrar benfazejos, façam questão de lutar contra todos os tipos de preconceitos, pois já está bem claro que vocês são oportunistas e só querem regalias. E vocês, projetos de homens, parem de se depilar porque querem ser aceitos no grupo e parem também de falar “ah, isso de pêlos é besteira” enquanto se depilam – vão estudar.

Pois bem, dêem direitos a todos os peludos de saírem de casa sem serem perseguidos pelo vulgo efeminado, pelas fêmeas-machos, que sequer sabem, aliás, o porquê de não gostarem de peludos, a verdade é que são lésbicas, mas tem cura, basta raciocinarem – tarefa difícil.

Tendo em vista o supracitado, não é mais que certo, agora, criarmos leis para defender e cotas para incluir peludos como já sugerido, nas passarelas e, ouso dizer, também nas universidades. Nós, peludos, sim fazemos parte de uma minoria – agora um paradoxo – que só tende a aumentar.

3 comentários:

Unknown disse...

HAUSHUAHSUAHSUAHSUHAUSHUASHUAHS
Lei Tony Ramos é óteeeeeemo! uashahsuahs

E o final foi impagável... xD

Bjo!
\o7

Anônimo disse...

É rapaz, eu também sou peludo (muito, diga-se de passagem) e sei como nós sofremos. Ver a cara de espanto da garota quando você ta quase marcando o gol, é constrangedor, mas pode ser engraçado também. Bom, eu já me depilei algumas vezes, por pura imaturidade, assumo. Não faria isso de novo, de jeito nenhum. Que me aceitem como sou, oras!
Assim como você, também me sinto um tanto desconfortável com essa nova ditadura da moda onde mulheres se comportam como homens e homens se comportam como mulheres (se depilando e sendo excessivamente sensíveis), e procuro discutir sobre isso com amigos sempre que possível. Mas não acho que nós deveríamos reivindicar cotas para peludos e nem nada do tipo. Acho na verdade que nós deveríamos é lutar contra qualquer tipo de cota ou coisa imposta que surja por aí. Liberdade ta acima de tudo, e não tem preço.

Gostei muito do seu blog, e vou linkar no meu.

Abração

Lobo Sagrado disse...

Boa idéia. E eu vou fazer uma campnha em prol dos homens verticalmente desfavorecidos. Sofremos violência, física e psicológica, todos os dias. Seja por parte dos grandalhões da escola, seja pela desprezo das meninas (que só dão pros grandalhões que nos perseguem) e até mesmo no mercad de trabalho. Já vi como requisito de trabalho, ter no mínimo 1,70, para um serviço que nada tem a ver com estatura. Se fosse para trocar lâmpada sem escada ou para limpadar de ninho de águia, eu até entenderia.