segunda-feira, 13 de julho de 2009

Brasil, seleção de futebol e religião


As manifestações religiosas dos jogadores de futebol da seleção brasileira não agradaram a Dinamarca. O que eles não sabem é que isso é normal. No Brasil reside um dos maiores povos religiosos. Nossos jogadores misturam Candomblé com cristianismo e, no final de tudo, usam os tambores do Candomblé para tocar samba. É uma farra! Nossos jogadores não foram bem educados, são sambistas, católicos nada praticantes e catimbozeiros.

O que acontece na seleção brasileira de futebol é reflexo do nosso povo. No Brasil há um certo pendor para o multiculturalismo. No dicionário diz o seguinte: multiculturalismo é prática de acomodar qualquer número de culturas distintas, numa única sociedade, sem preconceito ou discriminação. O povo brasileiro peca sempre. O povo brasileiro vive transgredindo leis, regras. Às vezes penso que criam leis aqui apenas para desobedecerem. E por isso, o brasileiro não deixa passar nem mesmo uma definição de dicionário. Aqui se acomoda, sim, um grande número de cultura distintas, numa sociedade, mas com preconceito, com discriminação. Os brasileiros praticam todas as religiões, tudo que tem apelo espiritual, por isso que se pratica todas e, no fim de tudo, não se pratica nada. Alias, não! Aqui no Brasil as únicas coisas que os brasileiros praticam das religiões e seitas espirituais, são os preconceitos e os pecados. Aqui é a cultura da fofoca, do dedo indicador. Aqui o que vale é julgar a pessoa por não ter religião ou por não ser da mesma religião. Aqui o que vale é pra ticar a gula, luxúria, preguiça, e os demais pecados. Quem bem analisou isso foi Rey Biannchi em sua música “Católico Apostólico Bahiano” (sic), em que o indivíduo tem uma vida agitada por ser praticante duma profusão de crenças religiosas, e por conta disso fica confuso sobre para onde irá ao morrer.

Nossos jogadores não foram bem educados, são religiosos porque religião é coisa de massas, não precisa pensar, basta repetir e recriminar quem não faz parte dela ou quem é execrado nas escrituras – os homossexuais e ateus, por exemplo. Mas Kaká foi bem educado, nasceu em Brasília. Ele é evangélico, paga o dízimo, enriquece o pastor. Dízimo é o dinheiro de Deus? Pra quê Deus quer dinheiro?

No Brasil nada mais pesa que futebol e religião, tanto que misturam estas duas com política, daí surge o dito popular “não se discute futebol, política e religião”. Aqui no Brasil as pessoas têm mania de confundir tudo, confundem até seleção de futebol com exército. Aqui é a pátria das chuteiras. Aqui é a terra da micareta. Aqui é a terra de ninguém. Aqui é a terra de orgia internacional. Aqui é a terra do presidente berro d’água. Aqui é a terra do fast-food de bobó de camarão.

No Brasil a educação é zero. A segurança é zero. O sistema de transporte público é zero. O sistema público de saúde é zero. A urbanização é zero. Mas o Brasil é penta. No Brasil só temos times para disputar em futebol, corrupção, analfabetismo, epidemia, trânsito, violência e público de parada gay.

1 comentários:

Aline Barbosa disse...

"Às vezes penso que criam leis aqui apenas para desobedecerem. E por isso, o brasileiro não deixa passar nem mesmo uma definição de dicionário."
HAUSHUAHSUHAUHSUAHUS
Num é, rapaz?

Enfim... Adorei mto esse texto.
O segundo parágrafo, principalmente, está incrível.
Gostei mto das suas ironias, já presentes em quase todos os seus textos... E adorei qdo vc mencionou nosso exemplo de rapaz, o Kaká... hauhsuahuahuahsuahushaus

Enfim... Mto bom o texto.
Bjo!
\o7